28.6.07

Da série MI BUENOS AIRES QUERIDO IV

Bom, achei q tava pra terminar no III, mas não deu... então vambora

Depois de lembrar q foi o 'cão quem butô pá nóis bebe' e sacar a primeira neosaldina da viagem, me vesti e fui esperar a van q me levaria à Bombonera. Ouvi falar muito do Boca Juniors qdo um casal meeeeeeeega xeneize (ai, sério, usar 'boquense' pra torcedor do boca é meio foda... a zh q me desculpe) morou na minha casa alguns meses. Isso foi em idos do ano 2002, qdo os únicos móveis da minha residência se concentravam no meu quarto. Mas o José e a Laura eram triiiiiiii fanáticos, falavam sempre. Até criei uma certa simpatia. Que virou antipatia depois do inter tomar 8 gols em dois jogos lá, mas tudo bem. Queria ver o tal caldeirão de perto.

Do meu albergue fomos eu e um outro cara q eu nunca tinha encontrado lá dentro, mas q conhecia mais gente da van. Acabei conversando muito com o guia, q falava um português infinitamente melhor que o meu portunhol. Depois descobri que ele morou no Rio, namorou uma menina de Niterói e que também acha o Che Lagarto, do Rio pelo menos, o pior albergue do mundo.

Chegando em La Boca fomos experimentar um legítimo 'churipán' pré-jogo. Os ingressos já estavam na mão e ficamos pela rua sentindo o clima. E sentindo medo. Comecei a entender o que aconteceu com o meu time nos dois jogos que disputou lá. Cedinho entramos no estádio. Ficamos no segundo anel, mas dali já dava vertigem. As arquibancadas são superestreitas e é cheio de pára-peitos, q realmente servem ao q se propõem. Como não conhecia ninguém que tava ali junto, resolvi subir mais um pouco, ver as coisas o mais de cima que pudesse e o mais no meio do povo que aguentasse. Por sorte estávamos numa parte do estádio em que as famílias sentam pra assistir o jogo. Era só o que eu via: pouca gurizada e muito nego véio com a mulher, filhos, filhas e cumpadres. Me enganei só na parte do senta... Começou o jogo e ninguém sentou. NINGUÉM!!!!! Todo mundo de pé torcendo, cantando. Fiquei bem impressionada.

O jogo começou a ficar meia-boca, com o perdão do trocadilho. O time da casa não tava jogando nada, tampouco o adversário. Quer dizer, eles até tentaram atacar e uma bela chance de gol foi perdida pelo goleador deles. Sabe aqueles gols da série 'até minha vó fazia'? Pois é... Mas em nenhum momento a torcida sentou ou vaiou. Sempre de pé. Sempre cantando. E quando pulavam, tudo tremia. Literalmente.

Hora do intervalo. Finalmente o chão. Nessa hora descobri q tem ser rápido na bombonera. Como é que colocam tanta gente lá dentro? Dei uma olhadinha pro lado e sério, fiquei de pé. E onde as minhas pernas estavam localizadas, a minha bunda não caberia qdo resolvesse sentar. Sei lá, medo de irritar esses argentinos... Mas sentei. Permesso daqui, permesso dali e tudo certo. Tou no chão. Claro, fiquei espremida e com uma guria q eu nunca vi na vida escorada entre as minhas pernas. Nessa hora descobri a dificuldade de ir ao banheiro en la bombonera. Depois de todo mundo sentado (encaixado), qdo alguém resolve passar é um horror! Pra deixar alguém passar, tu precisa pedir desculpas pra pessoa q tá na tua frente pq precisa tirar a perna do lugar, além de aguentar a bunda alheia praticamente na tua cara enqto espera essa criatura de bexiga pequena conseguir colocar o pé no degrau da próxima arquibancada. Como diz uma colega minha do italiano: casca!

Segundo tempo a torcida voltou mais empolgada. E o time respondeu. Sério, é apavorante!!!! Não tem fosso, não tem nada q separe a torcida do campo! O cara tá cobrando o escanteio e tá todo mundo ali, pouco mais de dois metros berrando no ouvido. Dá eco! Algo impressionante mesmo... um espetáculo... uma lição pro povo daqui (e nem adianta dizer q a alma castelhada imita torcida argentina q não vale! vocês vaiaram o pobrezinho do Lucas na final da Libertadores! E isso argentino não faz! Pelo menos não xeneizes!!!!!)! Como eu disse, o time respondeu. Entrou o Riquelme (caiu o queixo: joga bola pra caralho!!!!!!!!!) e o jogo se resolveu. Terminou em 3 a 0. Belíssimo espetáculo.

No fim do jogo, pela falta de estrutura do estádio, cada um precisa esperar a sua vez de sair. A nossa chegou uma meia hora depois do fim da partida. E ae descobri onde o povo faz xixi durante o jogo... bem q eu tinha achado q tinha pouco banheiro ali! A escadaria até o fim do estádio é um mijo só!!!! Parece que se está andando dentro de um vaso sanitário! Mas um daqueles de fim de festa pra 30 mil pessoas! Um horror! Só via a gringaiada fazendo cara de extremos nojo, ameaçando vomitar... algo!

O jogo ocupou meu dia todo. Andamos por algumas partes de La Boca sem sair da van, mas logo voltamos ao albergue. Voltei feliz. Bem feliz! Satisfeita por ter assistido a um maravilhoso espetáculo de futebol, mas principalmente de torcida. E o melhor, perdoando meu time pelos oito gols tomados lá em dois jogos. Realmente, não tem como ganhar do Boca no santuário deles. Inda mais com o deus Maradona presente no jogo.

Continua...

Da série MI BUENOS AIRES QUERIDO III

Nossa, tanta coisa aconteceu entre o último e este post que quase não tive vontade de contar mais nada sobre Bs As. Mas, vamos lá! Nem que seja pra encerrar a série! hehehehehehe

Depois da noite regada a reggae, que acabou terminando cedo - 5h - pq ninguém merece, o jeito foi pular da cama e compensar a indiada da noite anterior caminhando. Fui dar outra volta na Recoleta, agora com calma, visitar a feirinha, o centro cultural, as praças, o cemitério... Depois de umas 3 horas troteando, voltei ao albergue. Fui dar aquela olhadinha básica nos emails, conversar com meus amigos, contar das coisas da viagem... quando fui abordada por um norueguês esbaforido:
- Tu é brasileira?
- Sou sim
- Então me ajuda! Me apaixonei por uma brasileira noite passada, mas não falo nada de português e ela nada de inglês, mas preciso vê-la de novo. Me ajuda a mandar um email e ligar pra ela?
- Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaro que sim!
Coruja cupido entra em ação!!!!!!!!
Nossa, me diverti horrores ajudando o Lars com a brazilian girl dele. Tudo certo, encontro marcado, tô saindo pra almoçar e continuar troteando...vem o Lars de novo:
- Me ajuda a comprar roupa íntima? É que as minhas tão ou sujas ou furadas e preciso de novas pra sair com a minha garota hj...
Coruja babá entra em ação!!!!!!!
Foi engraçadíssimo. Saímos pela Florida atrás de coisas decentes e muito baratas. Mesmo com o peso valendo pouquíssimo e tudo me parecendo muito barato o norueguês não tava afim de abrir a mão! E qto mais coisas procurávamos, mais tempo ele tinha pra aprender algumas palavrinhas estratégicas em português pra falar pra guria dele.

Depois de tudo comprado, nos separamos. Ele voltou pra fazer uma prova de espanhol e eu fui dar uma caminhada em palermo.

À noite o guri era o retrato da felicidade: vou vê-la, repetia ele!

Eu, como não tinha programação, dei uma dormidinha bááááásica e depois fui pro bar do albergue. Achei q meus amigos ingleses tinham ido embora aquele dia, mas não, mais tarde apareceu a renca toda no boteco! E junto tava o Shaw, um cara com cara de inglês mesmo, altão, com uma cabeça grande - meio esquisito - e um baita queridão! Virou o centro da mesa contando histórias engraçadas sobre a patagônia, de onde ele acabava de chegar. E a conversa seguiu regada a vinho e muuuuuuita ceva até que o primeiro levantou e berrou: onde a gente vai hoje???? No meio do furdunço alguém falou em maluco beleza. Como tinham me dito q era um lugar brasileiro e eu já tava com vontade de conhecer, botei pilha. E acabou indo todo mundo pra lá. E lá tomei o meu porrão homérico da viagem! Olha, eu saí com 100 pesos. Voltei com 30. E não me lembro de ter pago táxi, nem a maioria das coisas que bebi lá. Olhando as fotos depois é que vi q, em cada uma, cada pessoa tinha na mão pelo menos dois copos. Às vezes três. E os líquidos de cores diferentes. Caipirinha, cerveja, cuba e uma bebida q só tem na argentina (q eu não lembro o nome, mas prometo atualizar contando o que é). Muito de tudo isso. Lembro de sair saído completamente bebacha de lá. Não me lembro do trajeto até em casa. Lembro de ter fumado no refeitório antes de dormir. E lembro de acordar com uma ressaca do cão! É... o cão foi quem butô pa nóis bebe! E o pior é que era o dia que eu ia no jogo do Boca, não tive tempo de fazer nada pq já estava atrasada... Nem sei pq todo mundo me perguntava se eu tava bem.... hehehehehehehehehehehe

Ah! E claro, depois de também me perguntar se eu tava bem, o Lars me contou sobre o encontro dele. Tava completamente apaixonado. Mas triste pq não teve a oportunidade de mostrar pra brazilian girl a underwear nova dele...

Continua...

6.6.07

Da série MI BUENOS AIRES QUERIDO II

Pois é. E lá vamos nós de novo.

Minha viagem, aos poucos, começou a se ajeitar. Até pq a arrancada já teve momentos 'ninguém merece' suficientes! Só que claro, as coisas nunca são assim tãããããããããããããão simples...

Ao contrário do que dizem, a língua oficial em Buenos Aires não é o espanhol. É inglês!
Claro, pelo menos a língua oficial de albergues e museus. Nos museus as criaturas não faziam o mínimo esforço pra entender português. Cheguei a sair irritada do Malba, por exemplo. Chamar outro cara pra me tentar falar comigo em inglês pq o garçom não entendia o que eu falava, nem o que eu mostrava no menu foi foda. Pura má vontade. Mas tudo bem. Voltando ao albergue. Nessa viagem é que descobri como meu inglês tá ruim... deusulivre! Travei horrores pra falar! Claro, depois da terceira Stella de litro ele melhorava muito!!!!
No primeiro dia conheci uma galera da Inglaterra, da Noruega e da Austrália. Comecei a papear com eles lá pela terceira garrafa. Claro, muito timidamente. E óbvio que conforme tomávamos mais cerveja, mais segurança eu ganhava. No fim da noite eles já sabiam praticamente tudo sobre a minha vida! hehehehehehe Fora que já tinha ensinado todo mundo a falar 'bah!'!!! Foi engraçado ver o povo falando em inglês e colocando 'bah!' no meio das frases! O que não faz a bebedeira...

O problema era o dia seguinte. Eu encontrei esse povo de manhã e só disse bom dia. Não sentei com ninguém. Parecia que tinha esquecido tudo. Um desastre. Um deles até tentou papear comigo. Depois de tentar vários assuntos e eu dar respostas monossílabicas veio o comentário:
- Nossa, tu tava tão comunicativa ontem...
Nem respondi.

Como fui sozinha meus dias eram solitários. A marioria da gringaiada do albergue tava de turma ou com pelo menos mais um amigo/a. Eu cheguei sozinha e assim continuei. Buenos Aires é lindo, mas é uma cidade pra ir acompanhada: ou de amigas (tem muito lugar pra curtir, tomar uma ceva, ouvir música, ver gente), ou do namorado (cheguei a sonhar de sentar nos banquinhos de Puerto Madero com meu amor...). Sozinha é meio xarope. E eu sabia disso. E tinha que lutar contra a vontade de ficar só no albergue rateando, ou dando voltas na quadra. Peguei o mapa que a Daisoca me emprestou e comecei a destrinchar tudo que deveria ver. E saí a caminhar. Primeiro pelo centro e arredores, depois por San Telmo, depois por toda a Avenida 9 de julho...Só olhando as coisas, os nomes das ruas, as lojas, as livrarias, as pessoas... umas cinco horas de caminhada... quietinha... e uma pontinha de tristeza por estar sozinha.

Tem coisa que precisava de alguém do lado pra rir e comentar. Tipo, andar na Florida e escutar numa loja uma versão em espanhol praquela música: "Então requebra, requebra, requebra meu cumpadi"!!! O quadro da dor! Em português já é foda, em espanhol com uma mistura meio 'salseada', pior ainda!!!!! E não tinha ninguém pra rir comigo!!!! Hunff!!!!!

Sei que as cinco horinhas de caminhada me cansaram. Pra uma fumante sedentária... bah!!!!!
Voltei pro albergue. Dei uma bicada no boteco. Ia começar uma aula de salsa. Do povo que tava ali esperando, só tinha visto um. Era residente do meu quarto (depois descobri que o resto das gurias e guris tb). Não disse uma palavra. Permaneci me recuperando sentada no sofá. Mas a aula começou e vi que não ia passar vergonha. Fui bailar. O professor explicava tudo em inglês. E eu quieta. Entendia e fazia o que ele mandava. Como eu não tinha par, virei a partner do professor. Até que uma hora, depois duns 13 rodopios do merengue, ele pergunta de onde sou. Respondi que sou brasileira:
- Não podia ser de outro lugar
É...

Depois de cinco horas de caminhada, uma hora de aula de salsa e merengue... só uma Stella!!!!! Tomei minha cervejinha bem contente e depois fui dormir. Cedíssimo, umas 20h30. A noite começa tarde em Buenos Aires. Tarde mesmo. Pelas 2h. Achei que não seria má idéia dar uma descansadinha. Acordei mais de 1h. Resolvi dar uma olhadinha nos meus emails. Como tava sozinha, meu destino era meio certeiro: Maluco Beleza, o bar brasileiro. Achei que, pelo menos, acharia alguém que falasse português comigo. Mas assim que cheguei no terraço (o bar e os computadores ficam ali) os meus amigos gringos da noite passada já tavam mobilizados pra ir pra noite. E me convidaram pra ir junto. Eu ainda não tinha bebido e não sabia conversar... mas achei que era melhor que sair sozinha. Topei. Dessa vez a turma cresceu. Mas não sei de quem foi a idéia de ir ao 'reggae bar'... Só o holandês que tava junto tava se sentindo em casa.... era uma marofa de maconha... bah!
Só fiquei feliz no lugar qdo tocou Nativus (não é mais nativos, né? como chama agora??)... tava amando entender alguma coisa que o resto daquele povo não entendia, hehehehehehehehe E depois pensei: o que não faz estar longe de casa...

Continua...

3.6.07

Da série MI BUENOS AIRES QUERIDO I

como diria Jack, vamos por partes!
Amei Buenos Aires! Amei mesmo! A cidade é muito legal, muito bonitinha, muito organizadinha e com um traçado facílimo de andar.
Mas como não dá pra contar tudo num post só, vamos contando aos pedaços.

Minha viagem começou tendo tudo pra dar errado. Tava realmente muito estressada antes de sair de férias. E comecei elas do mesmo jeito. A viagem começou e a impressão que eu tinha é que deveria ter ficado em casa, embaixo da minha cama só me lamentando.

Saí de casa pra ir ao aeroporto meio atrasadinha, mas dentro do tempo. De Gravataí até lá levo uns 20 minutos. Meu vôo era às 9h. Saí de casa às 7h50. Eu não contava com um acidentezinho na freeway. Cheguei pra fazer o check in exatamente às 8h32.
- O check in pra Buenos Aires era só até às 8h30. Tu não vai poder embarcar.
Bah, o mundo caiu. Por 2 minutos!!!!!!!!! Tentei argumentar, dar jeitinho, qualquer coisa. Nada. Disseram que teria que pagar as taxas e ir noutro vôo. Comecei a chorar. Compulsivamente. Meses de cansaço e estresse pessoal e profissional vieram à tona. Minha conta já não tinha mais 1 centavo. Que dirá mais 160,00. Pensei em desistir. Azar. Vai ver não era pra ir mesmo. No balcão da Gol a única opção que a guria me deu foi pagar os 160,00. Ela nem me disse do que era.
Comecei a ir atrás de alternativas. Liguei pra Jana. Afinal, ela tinha uma passagem que não usaria. Ela se informou pra mim e disseram que eu poderia remarcar o vôo pagando só 80,00. A metade. Comecei a ver uma luz no fim do túnel. Liguei pra Gol e explicaram que se eu quisesse embarcar no mesmo dia deveria pagar a multa por não ter embarcado mais uma diferença de tarifa. mas que se eu fosse no outro dia de tarde (no vôo que passa por São Paulo), eu pagaria só a multa e tudo resolvido. Marquei o vôo pro dia seguinte de tarde.

Cheguei bem cedinho. O sistema estava fora do ar. Putamerda! Mas como o problema era no sistema deles, eu estava lá com a devida antecedência, achei que embarcaria. A saída de poa era 13h40, chegada em sampa prevista pra 15h10 e saída de guarulhos pra buenos aires as 17h30. dá tempo pra tudo. No fim o vôo saiu só com 10 minutos de atraso. Fizeram o check in daquele povo todo em 10 minutos e não atrasou a chegada em SP.

Tenho um probleminha com aviões. Não se pode fumar dentro deles. Tudo bem que era um vôo rápido, mas o fato de saber que EU NÃO POSSO SOB HIPÓTESE NENHUMA me deixa com um certo pânico. Descendo em SP, fui correndo pra rua fumar um cigarro atrás do outro. uma delícia. depois fui comer alguma coisa rápida e já estava pensando que horário poderia fumar o último cigarro antes de embarcar pra Bs As. De repente saio do Mc Donalds (refeição super saudável!) e dou uma espiada na fila do embarque internacional... e me apavoro!!!!!!! dava voltas no aeroporto. Levei 20 minutos entre os dois cigarros e o rango. Faltava quase 2 horas pro embarque. Mas nem pensei, me meti naquela fila. Era pior que fila do INSS. Uma coisa horrorosa e ridícula. Não lembrava que a polícia federal tava naquela naba de operação padrão. mas tava. e eles tavam atendendo só quando queriam. Entrei às 15h45 na fila. Passei para o embarque só às 18h30. E o vôo só saiu de Guarulhos às 20h30 - justamente o horário que era pra eu desembarcar na Argentina e que alguém estaria me esperando.

Esse é outro ponto: alguém ESTARIA me esperando. Como atrasou horrores - chegamos meia noite em ezeiza -, não tinha ninguém lá quando eu cheguei. Nenhuma santa alminha. Nenhuma plaquinha escrito 'Paula'. E como eu sou triiiiiiii organizada, esqueci o roteiro que eu tinha feito bem bonitinho com o endereço e telefone do albergue. Fui pra rua e fumei uns três cigarros. Mais uma vez a minha vontade era de pegar as minhas coisas e voltar pra minha vidinha em Gravataí. Voltei pra rua e fumei mais três cigarros. Mas go ahead! Pedi informações, procurava cartão telefônico pra ligar quando um taxista me abordou perguntando onde eu ia e se eu queria usar o telefone dele pq ele me levaria. Achei o cara um querido, liguei do cel, confirmei minha entrada no albergue e finalmente me vi chegando perto de Buenos Aires.

Tava admirada com a chegada na cidade. Tudo grande, tudo espaçoso, tudo bonitinho. Realmente é de encher os olhos. Chegando na frente do albergue o cara me cobrou a corrida: 88 pesos. Já pensei: 'putz, me engambelou. o cara do albergue ia me cobrar 60', mas foi. Saquei o dinheiro e o cara me passou o papo:
- Teu dinheiro não vale.
- Como assim?????
- Tava vendo aqui? essa aqui não vale.
Peguei outra nota de 50. Era igual. Outra. Era igual. Quando finalmente achei o que valeria...
- Pode me devolver as outras notas
- Não, pq esse dinheiro não vale
- Por isso mesmo, me devolva
- Não vou devolver e vá andando.
Pois é, fui ludibriada e roubada pelo taxista. 200 pesos a menos. Entrei no albergue, larguei as coisas no quarto, contei o ocorrido. Não lembrava o número do táxi, nem o nome do taxista. Merda. Subi pro bar do albergue. Só uma cerveja pra me animar depois de tanta coisa dando errada - some-se a isso o fato de eu ir sozinha, tendo planejado a viagem em dupla, e que eu odeio ficar sozinha muito tempo.
Quando pedi a cerveja vi q talvez a viagem pudesse ser boa. Minhas opções: quilmes (bleeeerghs), bhrama (ui) e STELLA ARTOIS!!!!! DE LITRO!!!!!!
Pois é, nesse momento as férias começaram a melhorar.

Continua...

Da série COISAS QUE EU NÃO ENTENDO

Pq mandam pro meu email aqueles spams de 'aumente se pênis'? Será que não sabem que 'Paula' é uma menina e não precisa desses serviços?