2.2.09

Do tempo do cigarro e cafezinho

Morreu ontem no Rio Grande do Sul o radialista Candido Norberto. Nao cabe a mim fazer o obituario do cara, basta dizer que teve uma vida dedicada ao jornalismo respeitavel. E mais (com imagens e audio) voce pode ver aqui.

Quando eu era crianca, ele era o cara da voz que meu vo gostava. Mais adiante, na faculdade de jornalismo, ele virou tema de trabalho em uma das minhas cadeiras. Jah formada, trabalhando na Assembleia Legislativa, ele era o rosto conhecido em um corredor com os retratos do ex-presidentes da Casa. Quando eu jah estava na Zero Hora, ele virou o cara simples que vai junto, com toda a candangagem, na reuniao do sindicato discutir aumento de salario.

Nunca teve uma conexao direta comigo. Nao sou do tempo em que ele foi deputado, nem da epoca de ouro dele no radio. Mas essas poucas passagens ilustram o respeito que eu tenho e a lastima que eh perder gente como ele. Gente que virava noites trabalhando se necessario a base de cafezinho e muito cigarro. Muito cigarro. Morreu de pneumonia e tratava de um cancer. Lastimavel.

Mas eu achei genial quando a @mirellinha, que tava la na redacao da ZH trabalhando para fazer a reportagem especial, postou essa no twitter: "cândido era mesmo um jornalista das antigas. os últimos pedidos antes de entrar na ambulância, há alguns meses: um cigarro e um café". Realmente das antigas. Talvez ateh do tempo em que era mais emocionante (no minimo mais dificil e por isso mais emocionante) esse tal de jornalismo.

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